Porto, 5 de Agosto de 2012
Muito jovem me apercebi, que a
minha sexualidade tinha muitas tendências de “homossexual”.
Ainda no ensino secundário, nos
balneários da aula de ginástica, dava conta de que ficava admirando a nudez dos
meus colegas, e que ao mesmo tempo, sentia uma sensação muito agradável, que na
data, não sabia entender. Cheguei mesmo, a sentir um secreto prazer, uma
ocasião em que um colega, todo nu, se roçou (julgo hoje) que propositadamente,
nas minhas nádegas.
Entretanto, a idade vai avançando,
e o trivial da vida vai sucedendo:
-Começo a namorar (sem nunca sentir muito entusiasmo
sexual); com naturalidade surge o casamento, e consequentemente vêm os filhos.
E a vida, assim vai decorrendo,
dentro de uma normalidade, embora que sexualmente, sem nada de exageros.
Entretanto, vou dando conta de
que, me sentia sexualmente excitado, quando a minha mulher se exibia, e por
vezes a meu pedido, perante os nossos amigos, deixando transparecer partes do
seu corpo. E aqui, entra exactamente o título deste “blogue” – A mordaça da
sociedade. E porquê “Mordaça da Sociedade”? Porque vivemos ainda numa época,
cheia de “estigmas” apontadas por uma “sociedade”, que teima em não querer
entender e hipocritamente não aceita os iguais mas diferentes.
Hoje, com uma vida social bastante
preenchida, vivo uma “farsa”, já que não tenho coragem de assumir publicamente os
meus gostos e as minhas preferências, que ao longo dos tempos mais se vieram a
acentuar. Vivo numa revolta constante, de fingir o que não sou.
É aqui, que a sociedade tem que mudar radicalmente, para que todos
possamos ser felizes.